terça-feira, 16 de outubro de 2012

Depois de Lisboa, o Céu

Aquando da edição de «Lisbon» (2010) os The Walkmen falaram dum período menos bom da banda e anterior ao lançamento do disco, o qual acabou por ser superado, em parte, por duas bem sucedidas passagens por Lisboa: em Dezembro de 2008, para o ano zero do Super Bock em Stock, e em Julho de 2009, no Super Bock Super Rock. Ao que parece, os músicos chegaram mesmo a pôr em causa a continuidade da banda. Hoje, e depois de editado «Lisbon», o antídoto para a dissensão, e «Heaven», o sétimo álbum dos norte-americanos, só podemos continuar a ouvir os The Walkmen. Há magia na música destes nova-iorquinos. Canções que mostram afeição pela história da música norte-americana e ganham brilho com a impressionante entrega do vocalista Hamilton Leithauser, ainda mais evidente em concerto. Aviso: se ainda não viu os The Walkmen em concerto, faça um favor a si mesmo e assista a uma prestação da banda (4 de Novembro, no Coliseu dos Recreios). «Heaven», o trabalho de 2012, pode não ter a mesma urgência de «The Rat» ou «In The New Year». Os The Walkmen parecem mesmo estar mais calmos e complacentes com as suas composições. A banda amadureceu, num processo proveitoso. Perdeu-se alguma electricidade, mas ganharam-se melodias e canções deliciosas, como são exemplo «We Can’t Be Beat», «Heartbreaker», «Southern Heart», «Love Is Luck», «The Love You Love» e, claro, «Heaven».

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